segunda-feira, 12 de maio de 2025

Encontro com os operadores de mídia



Agradeço o trabalho que realizastes e realizais neste tempo que, para a Igreja, é essencialmente um tempo de Graça.

No “Sermão da Montanha”, Jesus proclamou: «Felizes os pacificadores» (Mt 5, 9). Esta é uma bem-aventurança que nos interpela a todos e vos diz respeito de perto, chamando cada um ao compromisso de levar adiante uma comunicação diferente, que não procura o consenso a qualquer custo, que não se reveste de palavras agressivas, que não adere ao modelo da competição, que nunca separa a busca da verdade do amor com que humildemente a devemos procurar. A paz começa em cada um de nós: na forma como olhamos para os outros, ouvimos os outros, falamos dos outros; e, neste sentido, a forma como comunicamos adquire uma importância fundamental: temos de dizer “não” à guerra das palavras e das imagens, temos de rejeitar o paradigma da guerra.

Permiti-me, então, que hoje reitere a solidariedade da Igreja para com os jornalistas presos por terem procurado relatar a verdade. Só os povos informados podem fazer escolhas livres

Hoje, um dos desafios mais importantes é promover uma comunicação capaz de nos fazer sair da “torre de Babel” em que, por vezes, nos encontramos, sair da confusão de linguagens sem amor, muitas vezes ideológicas ou sectárias. 

Caros amigos, com o tempo aprenderemos a conhecer-nos melhor. Não precisamos de uma comunicação beligerante e musculosa, mas sim de uma comunicação capaz de escutar, de recolher a voz dos fracos que não têm voz. Desarmemos as palavras e ajudaremos a desarmar a Terra. Uma comunicação desarmada e desarmante permite-nos partilhar uma visão diferente do mundo e agir de forma coerente com a nossa dignidade humana.

Texto completo aqui.

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