Com alegria vos acolho, após a beatificação de Floribert Bwana Chui. Saúdo os Bispos presentes, em particular aqueles da República Democrática do Congo, entre os quais o Bispo de Goma, diocese onde viveu o novo Beato. Saúdo a mãe e os familiares do Beato Floribert, assim como a Comunidade de Sant’Egidio, da qual ele fazia parte. Este jovem encontrou o martírio em Goma, no dia 8 de julho de 2007.
De onde um jovem tirou a força para resistir à corrupção, enraizada na mentalidade corrente e capaz de toda violência? A escolha de manter as mãos limpas — ele era funcionário da alfândega — se desenvolveu em uma consciência formada pela oração, pela escuta da Palavra de Deus e pela comunhão com os irmãos.
Foi um homem de paz. Em uma região tão sofrida como o Kivu, marcada pela violência, ele levava adiante sua batalha pela paz com mansidão, servindo os pobres, praticando a amizade e o encontro em uma sociedade dilacerada. Uma religiosa lembrou que ele dizia: «A comunidade coloca todos os povos à mesma mesa».
Este jovem, nada conformado com o mal, tinha um sonho, que se nutria das palavras do Evangelho e da proximidade com o Senhor. Muitos jovens se sentiam abandonados e sem esperança, mas Floribert ouvia a palavra de Jesus: «Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês» (Jo 14,18).
Este mártir africano, em um continente rico em jovens, mostra como eles podem ser um fermento de paz “desarmada e desarmante”. Este leigo congolês ressalta o valor precioso do testemunho dos leigos e dos jovens. Que, então, pela intercessão da Virgem Maria e do Beato Floribert, se realize em breve a tão esperada paz no Kivu, no Congo e em toda a África! Obrigado.
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